Ausência de ar condicionado nas escolas municipais deixa centenas de candidatos sofrendo sob o sol escaldante

Por Paulo Lima – jornalista DRT 068/AM

No último fim de semana, milhares de estudantes em todo o Brasil enfrentaram um dos momentos mais decisivos de suas vidas acadêmicas: as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Na cidade de Paulo Afonso, na Bahia, o dia de exame transcorreu, em sua maioria, com tranquilidade, mas uma situação específica causou bastante desconforto para centenas de jovens que fizeram as provas nas escolas da rede pública. O problema estava no calor escaldante, que atingia mais de 40 graus Celsius, e na ausência de ar condicionado nas salas de aula.

Um exemplo desse desafio enfrentado pelos candidatos foi vivenciado na Escola Municipal Vinícius de Moraes, localizada no bairro Jardim Bahia. Nessa instituição, os estudantes tiveram que enfrentar um verdadeiro teste de resistência, uma vez que as salas de aula não possuíam sistemas de climatização, tornando o ambiente ainda mais quente durante a realização das provas.

Em uma cidade que já enfrenta temperaturas elevadas, o cenário se tornou ainda mais desafiador quando o sol escaldante castigou as salas de aula das 13h às 17h, período da aplicação das provas. O calor excessivo, somado à falta de ar condicionado, prejudicou muitos candidatos, levando alguns deles a passar mal.

A estudante Beatriz Oliveira, 22 anos, que fez o exame no local, não escondeu a sua indignação e sofrimento durante o dia de provas. “Foi realmente desumano. O calor dentro da sala era insuportável, e a falta de ar condicionado tornou-se uma situação ainda pior. Tive dificuldades para me concentrar e, em certo momento, quase desmaiei. Isso é inaceitável, especialmente em uma prova tão importante”, declarou Beatriz.

O caso da Escola Municipal Vinícius de Moraes não está isolado. Várias outras escolas da rede pública de Paulo Afonso enfrentaram o mesmo problema. A situação levanta questões sobre a necessidade de garantir condições adequadas para a realização do ENEM, um exame que tem um impacto significativo no futuro dos estudantes.

É importante destacar que a organização do ENEM deve rever essa situação, buscando soluções para garantir que os candidatos tenham um ambiente adequado e confortável para a realização das provas. Além disso, é fundamental que a Prefeitura, responsável pelas escolas municipais, tome medidas para resolver o problema da ausência de ar condicionado, não apenas para o ENEM, mas para o bem-estar dos alunos ao longo de todo o ano letivo.

A falta de climatização em salas de aula não afeta apenas os estudantes que fazem o ENEM, mas também prejudica a qualidade do ensino nas escolas municipais, tornando o ambiente de aprendizagem menos propício para o desenvolvimento acadêmico dos alunos. Portanto, a busca por soluções e investimentos nessa área é fundamental para o bem-estar e o sucesso dos estudantes de Paulo Afonso. Cadê o dinheiro do contribuinte que não está aplicado de forma correta, atendendo às necessidades do nosso município?

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