“Dane-se quem se ofender”. diretor de “Superman” admite que filme é político
James Gunn, responsável pela direção do novo Superman, falou abertamente sobre o conteúdo político e moral do longa durante entrevista ao The Times of London.
Segundo ele, o herói representa muito mais do que apenas um personagem icônico:
“Para mim, Superman é a própria história dos Estados Unidos — um imigrante vindo de fora que encontra seu lugar. Mas, mais do que isso, é um símbolo de um valor que estamos perdendo: a bondade humana.”
O cineasta revelou que a obra irá explorar como crenças morais podem dividir as pessoas:
“Sim, o filme tem um viés político. Mas, acima disso, trata da moral. É sobre como princípios éticos fundamentais podem separar indivíduos.”
Gunn acredita que essa mensagem é especialmente importante num momento em que a humanidade parece cada vez mais distante da empatia e da compaixão:
“Esse novo Superman surge em um período no qual muitos já não acreditam mais na bondade do outro.”
Ele também reconhece que o comportamento do herói pode incomodar quem não compartilha da mesma visão:
“O filme fala sobre gentileza, e claro que vai ter gente — idiotas, inclusive — que vão se sentir ofendidos por isso. Mas, sinceramente? Que se ofendam.”
O diretor ainda comentou que parte da perda desses valores se deve ao comportamento tóxico nas redes sociais:
“Estou contando a história de um cara realmente bom, o que considero essencial hoje em dia, já que vemos tanta maldade promovida por figuras influentes na internet.”
Apesar da carga reflexiva da trama, Gunn não acredita que o filme mudará o mundo — mas tem uma esperança modesta:
“Não faço cinema para transformar a sociedade. Mas, se ao menos algumas pessoas saírem da sessão um pouco mais gentis, já vai ter valido a pena.”
Fonte: Brasil Paralelo