A Casa Branca anunciou que o presidente Donald Trump decidirá nas próximas duas semanas se os Estados Unidos irão se envolver diretamente no conflito entre Israel e Irã. Segundo a porta-voz Karoline Leavitt, o presidente prioriza uma solução diplomática, mas não descarta o uso da força para impedir que o Irã desenvolva uma arma nuclear. Ela afirmou que qualquer acordo com Teerã precisaria impedir o enriquecimento de urânio e eliminar a capacidade do país de produzir armamentos nucleares.

Leavitt disse que Trump está aberto à diplomacia, mas disposto a agir militarmente se necessário. A porta-voz evitou comentar se o presidente buscaria autorização do Congresso para um ataque contra o Irã. Para o governo dos EUA, o Irã nunca esteve tão próximo de obter uma arma nuclear.

Enquanto isso, o conflito na região se intensifica. Israel bombardeou alvos nucleares iranianos nesta quinta-feira (19) e o Irã respondeu com mísseis e drones após um ataque a um hospital israelense. Não há sinais de que o confronto aéreo, que já dura uma semana, esteja perto do fim.

Trump foi informado sobre as operações de Israel e alertou que o Irã sofrerá sérias consequências caso não suspenda seu programa nuclear. Teerã analisa opções de resposta, considerando esse o maior desafio de segurança desde a Revolução Islâmica de 1979.

O presidente americano mantém o mundo em dúvida sobre sua decisão: ora sugere uma solução diplomática rápida, ora insinua a entrada dos EUA na guerra. Nos últimos dias, Trump alternou declarações públicas entre ameaças ao líder supremo iraniano e exigências de rendição do país.

Fontes diplomáticas revelaram que o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, e o chanceler iraniano, Abbas Araqchi, mantiveram conversas telefônicas (ainda que hostis) desde o início dos ataques israelenses na semana passada.

Com inf. CNN