Segundo levantamento, foram vendidos mais de 93 mil de veículos elétricos no Brasil; especialista avalia que a demanda global por automóveis elétricos tende a crescer cada vez mais

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De acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira de Veículos Elétricos (Abve), foram vendidos 93.927 de carros elétricos no Brasil em 2023, o que representa um aumento de 91% em relação ao ano retrasado.

A participação de veículos elétricos nas vendas anuais do mercado automotivo mundial também está em ascensão, saltando de 4%, em 2020, para 14%, em 2022, segundo dados da Agência Internacional de Energia (AIE).

No país, segundo dados da Abve, de janeiro a agosto de 2023, foram emplacadas 49.052 unidades de automóveis eletrificados. Se comparado ao mesmo período do ano anterior, o volume indica um crescimento de cerca de 76%.

“O mercado de veículos elétricos está bem aquecido, tanto no Brasil quanto no exterior. Fatores como os incentivos governamentais e a crescente preocupação com o meio ambiente justificam esse cenário”, aponta Juliano Rodrigues, engenheiro eletricista da Instel Service, empresa que atua no segmento de prestação de serviços especializados em sistemas elétricos.

Na avaliação de Juliano, a eletrificação de automóveis faz parte de um novo conceito de mobilidade urbana, que visa ser sustentável e colaborar para a redução da emissão de gases de efeito estufa gerados com a queima de combustíveis fósseis no transporte terrestre.

“A mobilidade sustentável é uma das alternativas para que o mundo atinja as metas ambientais propostas pelo Acordo de Paris”, observa o especialista.

Atualmente, são consumidos no mundo pouco mais de 100 milhões de barris de petróleo por dia, mas, segundo o levantamento da AIE, a mudança de motores a combustão para motores elétricos pode eliminar o consumo de 5 milhões de barris diários de petróleo até 2030.

“As baterias e os motores elétricos estão ficando cada vez melhores e mais baratos, e a rede de eletropostos [estações de carregamento de veículos elétricos] está em pleno desenvolvimento e ampliação. Com isso, a tendência é que a demanda global por veículos elétricos acelere cada vez mais”, aposta Juliano.